Movimento Estudantil Chileno Se Prepara Para Novas Mobilizações no País.

Organizações e movimentos de estudantes chilenos/as iniciam, neste mês, o que chamam de "segundo tempo” da mobilização estudantil. Convocadas na semana passada, as manifestações pretendem denunciar e rechaçar a educação como forma de lucrar. A primeira atividade já está marcada para ocorrer nesta quarta-feira (20) e os/as estudantes já planejam outra ação no dia 28 deste mês. 

De acordo com informações da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (Fech), a convocatória à nova fase da mobilização estudantil ocorreu no último dia 13 na casa central da Universidade Católica com a presença de representantes da Confederação de Estudantes do Chile (Confech), Assembleia Coordenadora de Estudantes Secundaristas (Aces) e Coordenadora Nacional de Estudantes Secundaristas (Cones). 

Na ocasião, secundaristas e universitários/as decidiram que as manifestações terão foco no rechaço ao modelo de educação que privilegia o lucro. A primeira atividade será uma marcha programada para ocorrer nesta quarta-feira (20) com concentração na Praça Italia, além de reflexões em diversos liceus sobre a demanda de "desmunicipalização” do sistema educacional. No dia 28, uma jornada de protesto nacional também contará com uma marcha saindo da Praça Italia. 

Os/as estudantes consideram que o problema enfrentado pela educação chilena é sistemático e geral. Além disso, destacam que o lucro na educação é uma problemática que afeta não só o ensino superior do país, mas também o nível secundário.  

Crise na Universidade do Mar:

Durante a convocatória das mobilizações, as organizações estudantis chilenas ainda citaram o caso da Universidade do Mar, instituição de ensino que vive uma crise após a denúncia do ex-reitor Raúl Urrutia. O então reitor denunciou justamente o fato da instituição privada de ensino superior privilegiar o lucro dos donos do estabelecimento em detrimento da qualidade do ensino e do pagamento de seus funcionários. 

No final de maio, Urrutia divulgou uma carta renunciando ao cargo de reitor da Universidade do Mar devido à falta de investimento na instituição. O ex-reitor denunciou que os donos da Universidade preferem priorizar o pagamento de arrendamento das sedes utilizadas pela instituição ao pagamento de professores/as e funcionários/as. 

De acordo com Urrutia, em maio, quando a Universidade ainda tinha mais de $250 milhões em dívidas com seus funcionários e as dívidas de pensão já alcançava os $554 milhões, os donos pagaram $600 milhões às imobiliárias pelo arrendamento das sedes, muitas dessas empresas, inclusive, pertencem aos próprios proprietários da Universidade. 

"Esta reitoria considera que os atuais controladores não têm interesse algum na tarefa universitária, o que se explica pelo baixo investimento nela que permita entregar uma educação de qualidade”, destacou Urrutia na carta em que renunciou ao cargo de reitor. 

Fonte: Adital.
Por Karol Assunção.

Contribuição da UJS-Olinda ao 16º Congresso Nacional.

#vaidarcerto
 
Foi na primeira reunião para se discutir a construção do 8º congresso municipal de nossa entidade, que essa "hashtag" veio para bombar as redes sociais e dar gás a nossa juventude que luta e acredita ser possível mudar, organizar e discutir os rumos que o país vem enfrentando, com consciência e rebeldia, lutando contra as desigualdades sociais e injustiças. A hashtag bombou nos TT'S Pernambuco afora e nós construimos o maior congresso da história da UJS olindense, contribuindo massivamente no 14º congresso estadual, bem como participando ativamente do nosso congresso nacional que tem o objetivo de dar os rumos que a UJS vai tomar nos próximos dois anos.

De malas prontas, barracas em mão, passagens compradas, junto com o anseio de chegar no Rio de Janeiro para nosso glorioso congresso nacional para mostrar a cara da juventude de Olinda vindo de vários debates dentro de escolas, universidades, movimentos de bairro, galera do Hip Hop, jovens mulheres, LGBT, entre outros movimentos; começamos nosso congresso dividindo nossa galera nos gd's de discussões para assim colocar nossas propostas e somar junto a direção nacional para lutar por um Brasil dos nossos sonhos.

Dentro de uma programação extensa onde ocorreram debates e discussões de todas as frentes de atuação, vale destacar a participação da nossa bancada nos grupos e gd's de cultura lembrando o papel protagonista em que a juventude pernambucana teve nesse encontro chamando a responsabilidade da construção da próxima bienal de cultura da UNE em nossa capital (Recife) e na sua cidade irmã e 1º capital brasileira de cultura (Olinda). No movimento secundarista, destaque para o nosso diretor da UMES, Jader Piero, que mostrou segurança no debate sobre uma nova escola para um novo Brasil.

No debate sobre jovens trabalhadores não podíamos deixar de falar da presença de Letícia Menezes, tendo papel de destaque, a diretora do movimento universitário e presidente da UNEL (união dos estagiários de licenciatura) fez valer a força dessa juventude que trabalha, estuda e ainda tem tempo pra militar nas suas frentes de atuação. Sem deixar de lembrar de Guilherme Carapeba, Wellington lima, Hugo Fulco e demais membros da UJS municipal que tiveram papel de firmeza em cuidar da nossa bancada num dos maiores congressos da nossa gloriosa entidade. Firme na luta por um Brasil dos nossos sonhos!

Por: Felipe Cabus

26 Alunos da Unifesp de Guarulhos Estão Presos na Polícia Federal.


Vinte e seis alunos do campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) de Guarulhos, na Grande São Paulo, estão detidos desde esta quinta-feira (14), na sede da Superintendência da Polícia Federal, na zona oeste da cidade. 

A União Nacional dos Estudantes emitiu uma nota nesta sexta-feira (15) exigindo a liberdade imediata dos estudantes.Segundo a entidade, eles se organizavam pacificamente por melhorias em seu campus, quando foram abordados de forma absolutamente truculenta pela despreparada corporação policial desse estado, recente protagonista de outros lamentáveis episódios de violência contra jovens, a universidade e a população mais vulnerável. 

Diversos estudantes foram feridos e os detidos foram acusados do crime de formação de quadrilha, um ataque inaceitável ao princípio democrático de liberdade de expressão e à Constituição Federal, remontando às piores lembranças do movimento estudantil durante o regime militar de exceção. 

A UNE preocupa-se, especialmente, com trecho na qual é mencionado um acordo não conhecido publicamente entre a Polícia Militar do Estado e a Polícia Federal para a intervenção no campus, o que violaria o princípio da autonomia universitária e a legitimidade das ações do estado em diferentes esferas”, diz a nota dos estudantes. 

Fonte: Vermelho.

Por um Sistema Educacional Emancipador!

Em pleno ano de eleições municipais, a população brasileira, e principalmente os movimentos juvenis, novamente testemunharam o adiamento da votação do Plano Nacional de Educação (PNE), documento que é responsável em alicerçar todas as metas para a educação brasileira durante os próximos dez anos, ficando cada vez mais nítido que o investimento público em um sistema educacional com finalidade de emancipar socialmente e politicamente os cidadãos brasileiros, ainda não é interesse de nossas elites qe se enraizaram em todas as esferas dos poderes políticos.

Já não bastava, a tamanha falta de respeito, por parte do Estado, em desconsiderar importantes propostas construídas pela Conferência Nacional de Educação (Conae) e em propor míseros 7,5% do Produto Interno Bruto para o setor educacional. Agora, remarcar a data de votação do Plano Nacional de Educação para, quem sabe, próximo dia 12 do mês de junho é de fato, está fazendo o povo brasileiro de idiota e reafirmar que a educação nao é prioridade política.

Entretanto, ainda insisto em acreditar que o antigo sonho de um sistema educacional de qualidade e eficaz é possível, mas, quando nos deparamos aos descasos, aos baixos índices e rendimentos da educação brasileira ou quando comparamos as nossas estatísticas educacionais com a de outros países mais pobres (vide os índicadores sociais cubanos, onde o analfabetismo é zero), não há possibilidades de não ficar inquieto e hostil a todas as falácias governamentais.

Como pensar em desenvolvimento social e econômico em uma nação que investe apenas 5,1% do PIB na educação? A taxa de analfabetismo da população adulta é de 9,7%, segundo os dados da Uneso e o acesso ao ensino superior é de 33% da população absoluta. Enfim, nossos indicadores nos trazem péssimas perspectivas para os dias que estão por vir.

Portanto, mesmo ainda distante da realidade ideal, nós, enquanto cidadãos, oriundos das classes de trabalhadores e trabalhadoras, precisamos relembrar as sábias lições aristotélicas e nos considerarmos virtuosos "animais políticos". E a luta contra os interesses das nossas elites que insistem em sucatear as nossas escolas e universidades tem que ganhar cada vez mais corpo, e principalmente, as ruas. As nossas inquietações necessitam ser externadas, especialmente nesses anos eleitorais, já que toda a mediocridade e hipocrisia estão manifestas em diversos discursos  reacionários que infelizmente ainda temos que escutar.

Pois bem, não adianta mais adiarmos o debate sobre a educação, pois a realidade concreta está exigindo transformações. Assim, debater sobre as políticas educacionais que, historicamente são alicerçadas pela desvalorização do professor e pelos investimentos notoriamente debilitados é essencial para âmbito da luta de classes. Não se enganem, pois mesmo no campo da municipalidade, podemos sim, formular as críticas necessárias para desmascarar as mazelas sociais derivadas da má distribuição das nossas riquezas nacionais.

| Convertido para o Blog da UJS-Olinda