O resultado não surpreende, porquanto nos últimos dias da campanha foram detectados sinais de leve erosão nas intenções de voto em Dilma e de crescimento de Serra e Marina, sobretudo desta última. E não foge ao padrão das duas eleições anteriores, em que Lula teve que passar pela prova do segundo turno para eleger-se (2002) e reeleger-se (2006).
Obviamente, o resultado contraria as expectativas das forças democráticas e populares, cuja palavra de ordem era vencer já no primeiro turno.
A superioridade de Dilma Rousseff, de mais de 14 pontos percentuais sobre seu adversário, corresponde à ampla base de apoio popular de sua candidatura e é uma clara expressão da existência de uma maioria em favor da continuidade das mudanças iniciadas no Brasil a partir de 2003. Tem plenas condições de no segundo se transformar em maioria absoluta e conferir ao novo governo o necessário apoio à realização de seu programa democrático e patriótico.
As forças progressistas e do movimento popular engajadas na campanha de Dilma vão enfrentar o segundo turno, como disse a candidata, com garra e energia.
Nas próximas semanas será necessário intensificar o debate político e a mobilização popular. Não se ganha eleição antecipadamente, apenas através do monitoramento das pesquisas e do bom manejo das técnicas de “marketing político”. Uma batalha política da envergadura de uma eleição presidencial só pode ser vitoriosa com uma postura política ofensiva. A vitória nas urnas tem que partir das ruas, do corpo a corpo com o eleitor, da discussão franca, simples, direta e profunda com o povo, tocando fundo sua mente e seu coração.
Nas próximas semanas será necessário intensificar o debate político e a mobilização popular. Não se ganha eleição antecipadamente, apenas através do monitoramento das pesquisas e do bom manejo das técnicas de “marketing político”. Uma batalha política da envergadura de uma eleição presidencial só pode ser vitoriosa com uma postura política ofensiva. A vitória nas urnas tem que partir das ruas, do corpo a corpo com o eleitor, da discussão franca, simples, direta e profunda com o povo, tocando fundo sua mente e seu coração.
Mais do que nunca é preciso ter a consciência aguda do que está em disputa. Dois projetos diametralmente opostos estão em jogo e é em torno destes que se decidirá o futuro do país. De um lado, está a possibilidade de o Brasil continuar trilhando o caminho do fortalecimento da democracia, da soberania nacional e da afirmação dos direitos do povo. Esta bandeira está nas mãos de Dilma Rousseff e das forças que a apoiam, que podem e devem alargar-se ainda mais no segundo turno. Do outro está a submissão do país ao imperialismo, a restrição da democracia, o ataque aos direitos do povo, a criminalização dos movimentos populares e a degradação das condições de vida de milhões de brasileiros.
É um embate político em campo aberto, uma luta de sentido histórico a que a imensa legião de militantes das forças progressistas e de esquerda não se irá furtar.
É um embate político em campo aberto, uma luta de sentido histórico a que a imensa legião de militantes das forças progressistas e de esquerda não se irá furtar.
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