Desde o final de 2010 que vemos uma grande guerra econômica mundial regida pela crise cambial, afetando diversos países do mundo. Tanto emergentes quanto os considerados desenvolvidos estão tomando medidas para evitar o descontrole das taxas cambiais, o aumento significativo da inflação e um colapso na economia.
No Brasil tais elementos afetaram também a oferta do salário mínimo, gerando diversas idéias contra e a favor de um grande aumento de seu valor.
No fim do ano passado, o congresso aprovou o aumento de 5,9% do salário mínimo que passaria de R$ 510,00 para R$ 540,00 um aumento de 0,9% entre 2010 e 2011. Logo quando essa quantia foi aprovada os movimentos sociais lutam por um maior aumento do salário visto que o mesmo não acompanhou como deveria o aumento da inflação e dos juros.
Com o governo Dilma, muitas discussões sobre o assunto vêm sendo realizadas mais sem que se chegue à um denominador comum entre governo e centrais sindicais. O governo apóia uma proposta de aumento do salário de R$ 540,00 para R$ 545,00 já para o mês de março seguindo um plano de valorização do salário mínimo até 2014. Tal proposta foi anunciada no dia 14 de janeiro pelo ministro da fazenda Guido Mantega:
“O salário mínimo vai ficar em R$ 545. Vamos fazer modificação na correção que foi feita. Projetamos uma inflação para poder fazer o decreto [que reajustou o salário mínimo para R$ 540], mas a inflação foi maior. Vamos fazer uma correção, substituindo dezembro estimado por dezembro realizado. Iria para R$ 543, mas, arredondando, vai para R$ 545", declarou o ministro. Já as centrais sindicais defendem uma proposta muito maior, elevando o salário mínimo para R$ 580,00. Em entrevista ao portal vermelho nesta quarta-feira (09) o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) embasou a proposta sindical:
“A política econômica baseada no superávit primário, câmbio flutuante e juros altos que colide com as demandas dos sindicatos. Os juros consomem mais de um terço do orçamento público e como a verba é limitada o governo corta outras despesas para encher o bolso dos rentistas. O salário mínimo entra nesta conta, mas os problemas não ficam aí. A política econômica conservadora joga contra o desenvolvimento nacional e pode levar o país à estagnação”. Afirmou Wagner.
Como forma de pressionar o congresso as centrais sindicais estão mobilizando uma grande concentração no auditório da câmara federal no próximo dia 15/02, afim de conseguir o apoio do congresso para a aprovação do mínimo de 580,00.
Muitas discussões e atividades devem acontecer até o decreto do governo, até lá, esperamos que o Brasil e os trabalhadores sejam os grandes beneficiados com a nova política econômica nacional.
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