Mesmo sendo alvo de tantas críticas, os programas sociais voltados para a transferência de renda, como o Bolsa Família, vem crescendo notavelmente, em vários outros países. Sabemos que o Brasil e o México foram os grandes pioneiros na estratégia de empoderar economicamente as famílias mais necessitadas. E essa receita vem trazendo resultados otimistas, como também, vem sendo adotada por várias outras nações.
Atualmente, cerca de 40 países possuem projetos sociais com essa fundamentação, é válido ressaltar que nessa lista de nações, encontramos até os Estados Unidos. Só no Brasil, o Bolsa Família atende praticamente um quarto da população, ou seja, aproximadamente 50 milhões de habitantes que utilizam o valor destinado pelo programa para a construção de uma vida mais dígna.
Enfim, são programas com essa grandeza, que promovem a emancipação das famílias que efetivamente precisam do Estado e que por questões políticas e históricas, se encontravam nas margens da sociedade e carentes de acesso aos principais serviços públicos. Entretanto, para resolver tal problemática, é preciso que haja uma grande reformulação política e social nas ações do Estado. Realidade que não é tão fácil, principalmente pela existência de interesses externos nesse processo. E justamente por isso,que precisamos definir os programas de transferência de renda, como uma de várias estratégias políticas que almejem a redução das deigualdades sociais e econômicas de um país.
De fato, a implantação desses programas em vários países ja demonstram a evolução política presente na sociedade contemporânea. Uma vez que, implementar na cultura política de qualquer nação a idéia de programas sociais que destinam um valor financeiro para os cidadãos mais carentes é uma tarefa árdua, principalmente para a mentalidade das famílias de trabalhadores de classe média. Entretanto, a aceitação e a ampliação dos programas de transferência de renda vem se cristalizando cada vez mais, e se tornando, a medida do tempo uma política de Estado, fazendo com que a busca pela promoção social se consolide cada vez mais na agenda pública.
Eis uma verdadeira idéia republicana, que atinge diretamente na problemática da pobreza e fortalece a idéia de um Estado voltado, efetivamente para o interesse do bem estar social. Logicamente que para construirmos o mundo ideal, livre da pobreza e da exclusão é preciso que tais programas de transferência de renda se articulem com outros programas sociais voltados para a educação, profissionalização, geração de renda etc. Pois somente dessa forma, que vamos ter as condições necessárias para debatermos como uma sociedade literalmente democrática.
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